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REESTREIA DA PEÇA "BAGAGEM"
CRUZEIRO DO SUL
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03/10/2015
ESTREIA DA PEÇA "BAGAGEM"
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03/10/2015
ESTREIA DA PEÇA "BAGAGEM"
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Atores com síndrome de Down apresentam espetáculo amanhã
O ingresso custa R$ 15 e todo o dinheiro arrecadado será em prol das atividades da Associação Fazendo Arte
Felipe Shikama
felipe.shikama@jcruzeiro.com.br
As falas e as músicas estão na ponta da língua. Ansiosa para vestir seu figurino cor-de-rosa e dar vida a uma nuvem e a um soldado medieval, Fernanda de Freitas Banietti convida o público para prestigiar o espetáculo teatral Histórias de lenços e ventos, que terá única apresentação amanhã, às 18h, no Teatro Municipal Teotônio Vilela. "Teatro é emoção. Tem tristeza, tem alegria e tem amor", resume. O ingresso custa R$ 15 e todo o dinheiro arrecadado será em prol das atividades da Associação Fazendo Arte. A entidade é mantenedora do projeto Abracadabra, que oferece aulas de teatro a pessoas com síndrome de Down.
Ao lado de Fernanda, outros 21 atores e atrizes de diferentes faixas etárias estarão no palco para apresentar o musical, que conta a história da Azulzinha do Quintal, um lenço azul e aventureiro que foge do quintal com o Vento da Madrugada para aprender a voar. Dirigida por Junior Mosko, a peça é uma montagem livremente inspirada no texto homônimo de Ilo Krugli.
Esse é o quarto espetáculo a entrar no repertório do projeto Abracadabra, que usa as artes cênicas como ferramenta de inclusão social. "A peça é resultado de um processo de humanização, não só das crianças e jovens que fazem parte do projeto, como também dos pais e familiares. A gente quer atingir a sociedade e provocar uma reflexão do que é ser especial, mostrando o ser humano e tirando os rótulos", afirma Mosko.
Mãe de Fernanda, a pedagoga aposentada Anália Freitas Banietti demonstra admiração pelo comprometimento da filha, que ensaia as cenas em casa diariamente e jamais falta aos ensaios, que ocorrem aos sábados no centro comunitário do Parque dos Espanhóis, na Vila Assis. "Ela adora representar e esse ambiente do teatro é muito saudável. Todos eles aprendem com as dificuldades e as habilidades de cada um", afirma. Principal incentivadora da filha, Anália acrescenta que ver Fernanda atuando no palco representa uma "emoção indescritível". "A gente sente que ela está de coração e alma e fazendo o que gosta", complementa.
Um dos integrantes mais antigos no grupo, Gustavo Hildebrand demonstra ter experiência para driblar a ansiedade antes de entrar em cena. Experiente na arte de representar, o jovem de 23 anos participou de outras três peças desde 2007 e sua estreia no teatro ocorreu quando ele tinha apenas um ano e meio de idade. "Ele cresceu no palco. Quando ele era nenê a Apae fez um teatro e ele fez o menino Jesus", lembra orgulhosa a mãe Neusa Maria Hildebrand, reconhecendo que as aulas de teatro ajudaram Gustavo a desenvolver a comunicação e a socialização do seu filho.
Junior Mosko assinala que as aulas e os encontros do projeto Abracadabra trabalham a integração e interação das pessoas com síndrome de Down, por meio de atividades que exercitam a melhoria das relações, a autoestima e os valores de cooperação e solidariedade. O ator e diretor destaca que todo o processo de montagem do espetáculo é baseado na liberdade e espontaneidade dos atores. "Eles mesmos escolhem as personagens e as falas, que dão a cara do espetáculo. Sou contra a prática de adestramento, que só ensina os atores a decorar o texto. O teatro precisa ser sempre espontâneo e prazeroso", acrescenta.
Arte-educadora do projeto Abracadabra, a atriz Thuanne Souza comenta sobre o aprendizado que tem adquirido ao dividir o palco com os seus colegas especiais. "É uma troca valiosa que me traz um valor humano incrível. Essa experiência não me faz somente uma atriz melhor, mas uma pessoa melhor", considera.
ServiçoO espetáculo Histórias de Lenços e Ventos, do projeto Abracadabra, será apresentado amanhã, às 18h, no Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV). O ingresso custa R$ 15 e pode ser reservado pelo telefone (15) 98806-3964 ou pela fanpage da Associação Fazendo Arte no Facebook. O TMTV fica na avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, s/nº, no Alto da Boa Vista, ao lado do Paço Municipal.
felipe.shikama@jcruzeiro.com.br
As falas e as músicas estão na ponta da língua. Ansiosa para vestir seu figurino cor-de-rosa e dar vida a uma nuvem e a um soldado medieval, Fernanda de Freitas Banietti convida o público para prestigiar o espetáculo teatral Histórias de lenços e ventos, que terá única apresentação amanhã, às 18h, no Teatro Municipal Teotônio Vilela. "Teatro é emoção. Tem tristeza, tem alegria e tem amor", resume. O ingresso custa R$ 15 e todo o dinheiro arrecadado será em prol das atividades da Associação Fazendo Arte. A entidade é mantenedora do projeto Abracadabra, que oferece aulas de teatro a pessoas com síndrome de Down.
Ao lado de Fernanda, outros 21 atores e atrizes de diferentes faixas etárias estarão no palco para apresentar o musical, que conta a história da Azulzinha do Quintal, um lenço azul e aventureiro que foge do quintal com o Vento da Madrugada para aprender a voar. Dirigida por Junior Mosko, a peça é uma montagem livremente inspirada no texto homônimo de Ilo Krugli.
Esse é o quarto espetáculo a entrar no repertório do projeto Abracadabra, que usa as artes cênicas como ferramenta de inclusão social. "A peça é resultado de um processo de humanização, não só das crianças e jovens que fazem parte do projeto, como também dos pais e familiares. A gente quer atingir a sociedade e provocar uma reflexão do que é ser especial, mostrando o ser humano e tirando os rótulos", afirma Mosko.
Mãe de Fernanda, a pedagoga aposentada Anália Freitas Banietti demonstra admiração pelo comprometimento da filha, que ensaia as cenas em casa diariamente e jamais falta aos ensaios, que ocorrem aos sábados no centro comunitário do Parque dos Espanhóis, na Vila Assis. "Ela adora representar e esse ambiente do teatro é muito saudável. Todos eles aprendem com as dificuldades e as habilidades de cada um", afirma. Principal incentivadora da filha, Anália acrescenta que ver Fernanda atuando no palco representa uma "emoção indescritível". "A gente sente que ela está de coração e alma e fazendo o que gosta", complementa.
Um dos integrantes mais antigos no grupo, Gustavo Hildebrand demonstra ter experiência para driblar a ansiedade antes de entrar em cena. Experiente na arte de representar, o jovem de 23 anos participou de outras três peças desde 2007 e sua estreia no teatro ocorreu quando ele tinha apenas um ano e meio de idade. "Ele cresceu no palco. Quando ele era nenê a Apae fez um teatro e ele fez o menino Jesus", lembra orgulhosa a mãe Neusa Maria Hildebrand, reconhecendo que as aulas de teatro ajudaram Gustavo a desenvolver a comunicação e a socialização do seu filho.
Junior Mosko assinala que as aulas e os encontros do projeto Abracadabra trabalham a integração e interação das pessoas com síndrome de Down, por meio de atividades que exercitam a melhoria das relações, a autoestima e os valores de cooperação e solidariedade. O ator e diretor destaca que todo o processo de montagem do espetáculo é baseado na liberdade e espontaneidade dos atores. "Eles mesmos escolhem as personagens e as falas, que dão a cara do espetáculo. Sou contra a prática de adestramento, que só ensina os atores a decorar o texto. O teatro precisa ser sempre espontâneo e prazeroso", acrescenta.
Arte-educadora do projeto Abracadabra, a atriz Thuanne Souza comenta sobre o aprendizado que tem adquirido ao dividir o palco com os seus colegas especiais. "É uma troca valiosa que me traz um valor humano incrível. Essa experiência não me faz somente uma atriz melhor, mas uma pessoa melhor", considera.
ServiçoO espetáculo Histórias de Lenços e Ventos, do projeto Abracadabra, será apresentado amanhã, às 18h, no Teatro Municipal Teotônio Vilela (TMTV). O ingresso custa R$ 15 e pode ser reservado pelo telefone (15) 98806-3964 ou pela fanpage da Associação Fazendo Arte no Facebook. O TMTV fica na avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, s/nº, no Alto da Boa Vista, ao lado do Paço Municipal.
Notícia publicada na edição de 30/05/15 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 001 do caderno C - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
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