quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Nesse sábado, 06 de agosto, estreia "A lição"

     

      A Lição de Eugène Ionesco conta a história de um professor conhecido da cidade, especializado em aulas particulares sobre conhecimentos gerais como, aritmética, filosofia, línguas, medicina e que atende alunos interessados em apresentar-se ao conc,urso de doutorado total ou parcial. 
      Nesse ambiente entra a nova aluna, interessada nos conhecimentos do professor. O que ase vê são as diferentes relações de poder entre as personagens, com destaque para a criada "Maria" - uma figura onisciente. Através de diálogos absurdos, o problema universal da falha de comunicação e a procura incessante pela informação são expostos de forma cômica por vezes, mas, também, dramática, quando não, trágica por essas três personagens.
       A Lição, de Eugène Ionesco, busca, através do absurdo, esmiuçar parte da verdade das afinidades humanas e a busca infinita pelo conhecedor e pelo conhecimento e aborda uma relação doentia entre aluna, professor e a criada.
      A montagem do  NAC - Núcleo de Artes Cênicas do SESI Sorocaba conta com direção de Junior Mosko e no elenco estão Barbara Brito, Luciano Pais, Bianca Figueiredo, José Marcos di Paula, Maria Helena Antunes e Felipe Funes. Sonoplastia de Lucilene Fernanda, iluminação de Luciano Bueno e Claudinei Rosa. Fotografia e arte de Everton Oliveira e Cenotécnica de Gregson Costa.
    A Lição estreia nesse dia 06 de agosto, sábado, às 20h, no Teatro do SESI do Mangal, em Sorocaba, com entrada gratuita.    

Classificação: 18 anos.




Mais sobre Eugène Ionesco
       
       Eugène Ionesco nascido em Slatina, Roménia, em 26 de Novembro de 1909, foi um dos maiores dramaturgos do teatro do absurdo. Ridicularizava as situações mais banais, retratando de uma forma tangível a solidão do ser humano e a insignificância da sua existência.
Filho de um advogado foi batizado na religião ortodoxa, à qual pertenceu durante toda a vida. Ainda criança mudou-se com a família para Paris, onde seu pai tornou-se catedrático em leis. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, seu pai voltou para a Romênia, deixando Eugene e sua irmã aos cuidados da mãe. Entre 1917 e 1919, Ionesco morou em La Chapelle Anthenaise, cuidando de sua saúde frágil.
        Em 1922, voltou a Bucareste para viver com seu pai. Lá fez seus estudos e começou a trabalhar num banco, em 1926. Ionesco cursou a faculdade de francês na Universidade de Bucareste e colaborou com diversos revistas literárias romenas. Em 1934 publicou "Nu!" ("Não!"), uma coletânea de artigos e textos que provocou escândalo no meio literário oficial.
        Casou-se com Rodica Burileano e passou a trabalhar como professor de francês e como instrutor no Seminário Ortodoxo de Curtea de Argis e depois no Seminário Central de Bucareste. Também foi editor das páginas literárias de diversas revistas e jornais diários.
      Recebeu uma bolsa do governo romeno para estudar literatura francesa em Paris e durante a Segunda Guerra Mundial passou por dificuldades financeiras, mas, conseguiu alguns trabalhos eventuais como revisor e tradutor.
        Em 1950 estreou a "A Cantora Careca", anti-comédia, plena de surrealismo verbal, foi uma das principais peças do chamado "teatro do absurdo". Seguiram-se várias outras peças, que marcaram o teatro do século 20, como "A Lição", "As Cadeiras" e "O Novo Inquilino". 
Tornou-se um escritor de prestígio e em 1971 foi admitido na Academia Francesa. Morreu em sua residÊncia aos 81 anos, em março de 1994, sendo enterrado no cemitério de Montparnasse, em Paris.